Whipstriker é uma banda muito foda, formada no Rio de Janeiro – RJ se você gosta de Metal, Punk e Rock n’ Roll, você tem que conferir essa banda, Influenciados por bandas como: Venom, Bathory, Tank, Warfare, Celtic Frost e Discharge, altamente recomendável para os Metal/Punk maniac’s. Confira abaixo a entrevista que Victor Whisptriker nos cedeu ao nosso blog Questões e Argumentos, nela ele fala sobre as novidades da banda, sobre a cena, e uma série de assuntos, entrevista muito inteligente, me surpreendi com as respostas e fiquei ainda mais fã da banda, simplesmente imperdível, uma das melhores bandas do mundo na atualidade, pra quem curte esse estilo de som, confiram!!!
01- Saudações Victor,
obrigado por ceder essa entrevista ao nosso blog Questões e Argumentos, é uma
honra entrevistá-lo, como vão as coisas com a banda? Como foi o ano de 2013 e o
que podemos esperar para 2014?
Victor: Eu é que agradeço ao espaço cedido! Sempre total suporte pros veículos de
comunicação underground. O ano de 2013 foi bem produtivo. Fizemos shows em
vários estados brasileiros e um na Argentina. Além disso, lançamos o novo álbum
Troopers of Mayhem e alguns splits em 7´´EP. Pra 2014 temos a tour na Europa em
novembro e mais novos materiais.
02- Em 2013 foi lançado o excelente álbum
Troopers of Mayhem, como tem sido a recepção desse trabalho e por quais selos
ele foi lançado?
Victor: É complicado falar sobre recepção. Muita gente curte
o álbum e muita gente não entende a proposta. A mídia mainstream não entende a
proposta. Nós queremos sempre fazer algo sujo, com uma gravação primitiva. Mas
algumas pessoas teimam e insistem em querer gravações cristalinas e super
modernas. Nada contra, mas essa não é o que queremos fazer. Os bangers
undergrounds estão elogiando bastante. Eu me importo mais com a opinião dos que
vivem o underground. Não usaremos trigger na bateria e não vamos ficar editando
vocais e guitarras. O disco sai como ele é tocado ao vivo no estúdio. É pra ser
assim mesmo. É essa nossa proposta. Vou continuar fazendo isso porque não faço
discos pra agradar a ninguém. Fazemos o som que gostamos de ouvir.
03- Vocês
participaram de um tributo ao Hellhammer, com a musica Sweet Torment, você
tinha dito na pagina do Whipstriker no Facebook que esse tributo seria lançado
com outras bandas participando pela Morbid Hammer da Colômbia, e até hoje esse
material não chegou às mãos de vocês?
Victor: Pois é. Nós entramos nesse tributo e nunca recebemos
nossas cópias. É muito triste ver pessoas do underground fazendo coisas de
rip-offs. Essas pessoas devem ser boicotadas, pois elas contaminam a cena. Nem
quero falar sobre isso.
Victor Whipstriker
04- Vocês sempre têm
lançado split’s com outras bandas, Bulldozing Bastard, Power From Hell, Apokalyptic Raids, Extirpation, entre outros, tem algum split
planejado pra esse ano?
Victor: Pra esse ano têm splits com
Apokalyptic Raids (ainda não saiu), tem um 4way com Kriegg (USA), Raw Poison
(Grecia) e Alcoholic Force (Colombia), tem outro 7´´ep 4 way com as brasileiras
Nuclear Frost, Infamous Glory e Stench of Death. Mas também pretendo lançar
7´´eps sozinho sem ser em versão split. Esse ano sai também uma coletânea com
todos os 7´´eps que lançamos entre 2010 e 2014 em CD e LP.
05-
Como foi ter tocado com o Power From Hell na cidade de Piraju recentemente?
Victor: Foi uma honra e um prazer,
Eu sou grande fã da banda desde antes deles lançarem o primeiro material. Eu
ouvi a promo antes mesmo dela chegar até a gravadora. Não à toa quisemos lançar
um split com o Power. Pra mim é a maior banda do Brasil e uma das maiores do
mundo. Digo maior no sentido de admiração e não de comparação competitiva. É
uma questão de gosto. Adoro a proposta da
banda e som é impecável. E essa é a banda que eu mais uso como exemplo pra
falar que existe uma proposta quando falamos de sonoridade de gravação. Muita
gente não entende a proposta. Eu entendo e admiro! E fiquei muito feliz de
fazer parte da história da banda. Mais coisas vem por ai.
06-
Quais são as inspirações para compor as letras da banda?
Victor: Cada letra tem uma
inspiração diferente porque cada material tem uma sonoridade diferente. Então
falamos desde a guerra civil e a violência que vivemos nos Rio de Janeiro até a
vida underground rodeada de prostituição, drogas etc. No álbum novo falamos
basicamente de guerra. Mas também têm uma letra sobre a Vila Mimosa, que é o
maior puteiro a céu aberto do mundo. Crescemos ouvindo Metal ali do lado, na
Rua Ceará, onde era o Garage, principal ponto de encontro headbanger dos anos
90 e inicio dos anos 2000.
07-
Vocês tem tocado na Europa, e já tem alguns shows confirmados pra esse ano, o
que você aconselharia para as bandas que queiram tocar no velho continente, mas
ainda não sabem como por isso em pratica, fazer uma turnê de forma organizada e
profissional, sem ter que ir pra lá e cair numa “roubada”?
Victor: Na verdade é tudo muito
fácil. Basta ter paciência de ficar algum tempo na internet descolando os
contatos certos. Se a banda não tem paciência pra isso ela pode contratar
alguma agência pra organizar a tour toda. Nós fomos pela Agipunk da Itália. Eles
têm mais contatos na cena punk, então tocamos na ultima vez mais em squats
punk. Dessa vez eu mesmo estou marcando todos os shows mais na cena metal. Não
tem conselho. Basta se organizar e fazer os contatos certos.
08-
Quem desenhou a capa de Troopers of Mayhem? Capa que achei muito criativa e
original.
Victor: Quem fez foi o grande amigo
Jeferson Pizoni de São Paulo. Além de grande amigo, é um grande artista.
09-
Quais os lugares daqui do Brasil, vocês mais gostaram de tocar até o momento?
Victor: Difícil dizer. Cada show tem
uma energia diferente. Acredito que em 2013 fizemos um grande show em Santa
Catarina. Mas não podemos esquecer o nordeste, que nos recebeu muito bem em
2012. Temos grandes amigos no Brasil todo. Prefiro não escolher o melhor show
porque foram muitos legais até hoje.
Whipstriker – Troopers of Mayhem
10-
Quais são as principais influências musicais da banda?
Victor: Eu gosto de muita coisa dos
anos 60 até Sarcófago e Morbid Angel. Nesse meio do caminho tem muita banda
boa, passando pelo crust punk, rock n roll, thrash metal, death metal, Black
metal, NWOBHM. Se for pra citar influências diretas eu citaria Tank, Warfare,
Discharge, Anti-Cimex, Venom, Bathory, Celtic Frost, Voivod, Crude SS,
Motorhead, Thin Lizzy e por ai vai...
Tem muita banda boa.
11-
Quais bandas nacionais e internacionais da atualidade você tem ouvido?
Victor: Nacionais tenho ouvido Apokalyptic Raids, Flagelador,
Unhaligast, Grave Desecrator, Power from Hell, Beast Conjurator, Facada,
Violator, Nuclear Frost, Blasthrash, Infamous Glory, Velho, Feto, Caverna,
Blasfemador, Defy, Stench of Death, Unfit Scum, Desastre, Death From Above,
Besthoven, Antichrist Hooligans, Poison Beer, Nightmare, Fúria, Slaver, Praga,
Unborn, Bode Preto, Thrashera, Anarkhon, Cold Blood, Speed Killz, Urutu,
Catacumba, Metraliator, Carrasco, Escarnium, Beyond the Grave. Porra tem
muita banda que eu não vou lembrar agora porque estou bêbado. Internacionais:
Satan´s Satyrs, Midnight, Chapel, Inepsy, After the Bombs. Bulldozing Bastard,
Raw Poison, Kriegg, Iron Fist, Germ Bomb, Germ Attak, Bastardator, Warhammer,
Dishammer, Terrorhammer, Konttato, Banker 66, Children of Technology, Burstin
Out, Okulta, Grave Ritual, Omega, Toxic Holocaust, Von, Ewig Frost e milhares
de outras.
12-
Como você definiria a cena atual do Rio de Janeiro?
Victor: Sempre digo que existem duas
cenas. Uma cena daqueles que vivenciam o underground e outra daqueles que
querem alcançar o mainstream a qualquer custo. Óbvio que fazemos parte da
primeira. A cena é dividida, como é em todos os lugares. Temos nossa galera e
tentamos manter a cena viva. Uma iniciativa boa nos últimos tempos foi fazer o
encontro headbanger semanal em uma área central. Eu participo dessa iniciativa.
Espero que dê certo.
13-
Qual a sua opinião sobre a cena underground atual aqui no Brasil, quais os
aspectos positivos e o que tem de ser mudado, o que pode ser melhorado?
Victor: A cena que descrevi acima
serve pra descrever o Brasil. Tem sempre duas cenas em cada cidade. O nosso
maior problema, além da divisão, são as infra-estruturas pra shows. Aqui é tudo
muito caro de se fazer acontecer. Show, aluguel de equipamentos, compra de
equipamentos etc. É difícil fazer as coisas acontecerem no Brasil. Por isso,
aqui mesmo eu mando um grande OBRIGADO a todos os produtores honestos que dão o
sangue pra fazer as coisas acontecerem.
14-
Qual a sua opinião sobre todo esse revival de anos 80, que está acontecendo no
mundo todo nos últimos anos?
Victor: Isso já acontece desde 1998
mais ou menos... Eu acho que todo mundo tem que fazer o tipo de som que gosta.
Tem muita banda hoje em dia muito melhor que as bandas antigas. Tem que fazer o
som que tá no coração. Eu particularmente gosto da sonoridade produzida entre
1966 e 1986. Sempre farei algo relacionado a esse tipo de som. É o que me toca
de verdade. Não me importo se a banda é nova ou antiga, quero saber se o som é
bom. Por isso citei acima uma série de bandas que me agradam. Eu sou contra as
pessoas que dizem que as bandas com essa sonoridade são cópias. Não são mesmo!
As bandas são influenciadas por um tipo de sonoridade e é só isso. O maior
exemplo que eu dou é a dupla Apokalyptic Raids e Warhammer. Ambas totalmente
influenciadas pelo Hellhammer, mas com sonoridades completamente diferentes.
15-
Vocês participaram também de um tributo ao Discharge, com a musica Fight Back,
tem alguma banda que vocês gostariam de fazer cover ainda não fizeram?
Victor: Porra, tem muitas. Prefiro
nem começar a mencionar a lista. Perderei horas listando.
16-
Marcio Blasphemator fez a capa de Born to spread the mayhemic loudness,
trabalho que achei fantástico, de quem foi a idéia da capa?
Victor: Não teve idéia. Ele
simplesmente fez o desenho e eu comprei. Ele é um grande artista também e é da
mesma região do Jeferson Pizoni. São amigos. Grande artista.
17-
Como foi tocar com o Toxic Holocaust em 2006 na gravação do DVD Brazilian
Slaughter?
Victor: Pra mim foi a mesma sensação
de tocar com o Power From Hell. Eu era fã da banda e recebi o convite de tocar.
Pra mim foi excelente tocar as músicas que eu já conhecia e era fã. Vida longa
ao Joel!
18-
Victor, muito obrigado pela entrevista, deixe suas considerações finais, e um
recado para os fãs da banda.
Victor: Novamente agradeço pelo
espaço. Total suporte! Vamos manter a cena viva sem se vender pras grandes
revistas e a mídia marrom! DIE HARD!
Site: Www.whipstriker.bandcamp.com
Facebook: Whipstriker
E-mail: whipstriker@yahoo.com.br
Confira também:
Confira também:
Entrevista Apokalyptic Raids
Entrevista Power From Hell
Entrevista Nosferatu
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentários que conterem publicidade e divulgação de site ou algo malicioso, ambas serão moderadas!!