Saudações Cristina Sá, muito obrigado por nos ceder essa entrevista ao nosso blog “Questões e Argumentos” , é uma honra
entrevista-la, como está sendo o ano de 2014 para você e quais os planos para o futuro?
Cristina: Olá Pessoal do “Questões de Argumentos” e leitores. Primeiramente, obrigada pelo convite, é um prazer responder a esta entrevista.
2014 tem sido bom, é um ano de continuação de alguns trabalhos iniciados nos anos anteriores, além dos já cotidianos, isto
é, fotógrafa de shows e muito skate! Ou seja, um ano de muito trabalho.
Planos? Ah, são muitos... sou uma sonhadora. Mas de mais concreto é continuar o trabalho com os parceiros atuais como a Junk3 e marcas envolvidas
(1968 e Treer), SP011 Skate Shop Galeria. Ampliar o trabalho com outras marcas como Plasma e Obi. Retomar com parceiros mais antigos como a Against Records. Assim como continuar o trabalho com o Projeto Livrar e o Mc Marechal.
Voltar a fotografar um pouco mais a natureza e montar uma exposição para o fim deste ano ou inicio do próximo. Como falei, sou sonhadora... os planos são muitos e aqui estão só alguns...
CPM 22 no Casebre
Guilherme Navarro
(Gui tem patrocínio/apoio Junk3, Treer, 1968, Obi, Plasma.)
Como tem sido sua a parceria com a Junk3?
Cristina: O principal ponto da parceria com a Junk3 é que não saímos pra sessões de fotos. Saímos para sessões de skate. E
assim são skatistas fazendo o que eles fazem melhor, andando de skate e se divertindo e eu fazendo a minha parte, fotografando e me divertindo. E andando um pouco de skate também (rs). A grande questão
é fotografar a essência do skate, que passa pela manobra, mas é muito mais, é um modo de viver e ver a vida... com a Junk3 eu fotografo VIDA.
Outro ponto importante desta parceria é que a Junk3 é uma distribuidora, com ela trabalho com várias marcas como a 1968, Treer, Vangrants,
ATM. E por ligações derivadas, a Obi e a Plasma. Quando falo de Junk3, falo de skate.
Outra empresa parceira é a SP011 Skate Shop Galeria. Uma loja de skate com espaço para eventos e uma mini rampa bem legal, a Black Ramp. Lá,
além de andar de skate, fotografo skate e shows.
Ari Bason na SP011
Quando você começou suas atividades como fotógrafa? Quando começou a se interessar por fotografia?
Cristina: Essa é uma pergunta complexa, mas eu diria que comecei a me interessar pela fotografia ainda muito pequena, pois fazia parte da cultura da minha família.
Meu pai fotografava nossas viagens de família, e depois acontecia uma projeção dos slides (coisas que existiam antes do digital.. rs) eu era fascinada por aquela máquina que soltava luz e fotos
- o projetor. Com 7 ou 8 anos fotografei meu primeiro rolo de filme com uma câmera simples que minha irmã me emprestou para um passeio com o colégio. Mas foi na adolescência que uma câmera analógica
tornou-se minha companheira, registrando a minha vida e dos meus amigos do skate e do underground, shows punks e manifestações que eu ia. Nunca mais parei, fui aprendendo na marra, lendo muito. Só anos
mais tarde que fui atrás de cursos de fotografia e nunca mais parei de estudar.
Primeiras Fotos
Quais projetos fotográficos você atua atualmente?
Cristina: Atualmente, além do skate e das bandas que nunca deixei de fotografar tenho alguns projetos que chamo de contínuos, como o “Olhe para o céu”
que fotografo quase que diariamente o amanhecer da janela de minha casa e publico no Instagram. Usando a hashtag “sininhosky” você pode ver todas da série.
Também tenho o “foto-volante” com fotos que faço de dentro do carro, normalmente nas horas que fico parada no trânsito.
Projeto Olhe para o Céu
Fale um pouco sobre o Projeto Livrar.
Cristina: O Projeto Livrar começou a dois anos atrás como uma ação de distribuição de livros em shows do MC Marechal pelo
Brasil inteiro. Livrar vem da junção das palavras LIVRO e LEVAR. Hoje em dia também acontece durante o projeto “Hip Hop nas Escolas” com os Mc’s Kayuá e Sant.
Neste projeto os livros são doados por autores independentes da literatura marginal e também livros que as pessoas decidem doar pra gente distribuir,
que estavam parados numa estante na casa deles ou algo assim. Os livros são sempre de literatura, pois a nossa ideia principal é incentivar a leitura e a busca e a transmissão do conhecimento, quando dizemos
que esses livros devem circular sempre, e não ficar parados em casa, sem que ninguém os abra. Para saber mais entre em www.projetolivrar.com.br ou na página do facebook www.facebook.com/projetolivrar
Projeto Livrar
Quais foram os ensaios fotográficos que você mais gostou de fazer até o momento?
Cristina: Tão difícil de dizer... gosto de todos, até porque gosto de fotografar alegria. Mas com certeza uma sessão que fiz de fotos promo
pra uma banda de amigos que fiz a noite em Paranapiacaba foi muito divertida... foi como brincadeira!
Banda Morra
Como você vê o mercado de fotografia atualmente? Acha que é um mercado crescente? O que pode ser melhorado?
Cristina: O mercado está bom. Tem espaço para crescer sim, só depende da
criatividade de cada um, como qualquer outro mercado. Quando ouço reclamações, geralmente são sobre como existem pessoas que para ingressar no mercado cobram muito barato e “roubam” os clientes
de quem já está “a sério” no mercado, mas acredito que essa máxima não é totalmente verdade, porque se tenho um trabalho que se destaca, o cliente vai querer esse trabalho, mesmo
que mais caro. O barato demais muitas vezes não traz o resultado que se espera. Como em todos os setores, você pode optar pelo mais barato, pelo preço médio ou pelo mais caro, depende do que você
quer, qual você acha que corresponde melhor à sua necessidade. Sabendo trabalhar, tem espaço pra todo mundo.
(Fotógrafos fotografando fotógrafo) – No Pool Day, em Caçapava, vários fotógrafos importantes do skate, fotografando o
também fotógrafo e skatista Otavio Neto
Como você acha que a internet pode contribuir positivamente na sua profissão?
Cristina: Como a internet faz parte das dinâmicas sociais atuais, é mais um espaço de comunicação, divulgação do trabalho.
Na fotografia é também excelente suporte, e com isso acabo conhecendo ótimos trabalhos e fotógrafos primeiro pela internet. Ou seja é uma mão de duas vias, tanto para divulgar meu
trabalho, alcançar clientes em potencial, como para estudar.
Quais conselhos/dicas você daria para aqueles que querem seguir o mesmo caminho profissional que o seu?
Cristina: Estude muito, visite exposições, converse com fotógrafos mais experientes, aprenda a fazer todos os tipos de fotos, escolha uma área
da fotografia que mais te agrada, estude mais, faça assistência pra um fotógrafo, respeite sempre seus valores e princípios, arrisque e experimente como forma de estudo, encontre a sua linguagem,
copie fotos como exercício e se publicar cite a referência, estude mais, compartilhe seus conhecimentos, mantenha suas fotos organizadas, faça backups de segurança e não se esqueça
de continuar estudando.
Cristina, muito obrigado pela entrevista, deixe suas considerações finais e um recado para seus clientes e leitores do blog, deixe seus contatos.
Cristina: Eu que agradeço pelo espaço e também parabenizo pela iniciativa de vocês.
A todos digo que não desistam de seus sonhos, lutem por eles façam acontecer e fotografem tudo, ou contratem um fotógrafo para fazê-lo.
Contatos:
www.sininho.net
cristinasininho.wordpress.com
sininho@sininho.net
Twitter e Instagram: @cristinasininho
www.faceboook.com/Cristinasininho.fotografia
Projeto Livrar
www.facebook.com/projetolivrar
Confira também:
Entrevista Bianca Van Válek
Entrevista Regina Yuriko
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentários que conterem publicidade e divulgação de site ou algo malicioso, ambas serão moderadas!!