sábado, 22 de junho de 2019

Entrevista Insanitah (Brasil)

O Brasil cada vez mais tem excelentes bandas nos mais variados gêneros do Metal, um grande nome atual é o Insanitah, que faz um death/thrash metal cheio de profissionalismo, peso e qualidade acima da média, confira a entrevista que fizemos com o Paulo.



Saudações Paulo, muito obrigado por nos ceder essa entrevista ao nosso blog “Questões e Argumentos”, é uma honra entrevista-lo, como está sendo o ano de 2019 para a banda Insanitah e quais são os planos para o futuro?

    Paulo- O prazer é meu, muito obrigado  pela oportunidade de conversar com você e a galera que acompanha seu blog.
    2019 está sendo um ano de reciclagem para nós. No ano passado trocamos duas vezes de baterista, então os planos todos sofreram um atraso, o EP ao vivo, que gravamos em abril de 2018 acabou não sendo lançado por conta da primeira baixa, mudamos o plano para um EP de estúdio quando o outro baterista entrou, mas devido ao segundo desligamento  acabou não acontecendo embora tenhamos material para um full lenght. Essas trocas de integrantes mesmo sendo necessárias em algumas circunstâncias, como foram no nosso caso, atrasam demais os processos de produção de material, e no caso do Insanitah, por ter um estilo bem definido, com influências tão especificas é muito difícil encontrar músicos que “encaixem”. Estamos hoje, trabalhando essas músicas novas com o baterista atual Osmar Oga Jr., e planejando o lançamento de um EP até o fim do ano para em 2020 lançar o Full Lenght.

Quais são suas principais influências musicais?

   Paulo- Minhas influências pessoais são bem abrangentes, mas basicamente vão do Thrash ao Death. Kreator, Slayer, Sodom, Destruction, Nuclear Assault indo ao death mais tradicional, como Obituary,  Bolt Thrower, Entombed, Carcass e além, como o óbvio Death, Cynic, Atheist , Pestilence e Sadus, só pra citar as que eu acho que aparecem mais na nossa música. Gosto de outras coisas que não são evidentes para quem ouve, mas para mim, sim. Influências são importantes na formação da identidade de qualquer banda.                      


Como tem sido a recepção de “The Mechanism of Forgotten Ages” mundo afora?

  Paulo- “The Mechanism...” foi lançado a 3 anos, maio de 2016, e acho que foi bem proveitoso para nós, meio que nos trouxe de volta à cena e abriu muitas possibilidades, como conhecer bandas, pessoas e casas onde acabamos tocando eventualmente, fizemos entrevistas bem legais como esta aqui, e isso nos possibilitou mostrar nosso trabalho para bastante gente. Foi bem aceito e acho que o saldo dele é positivo, ouvimos e lemos críticas que na maioria absoluta foram boas , então acho que a missão do EP nesse sentido foi cumprida. Mostrou a intenção musical que temos desde o principio e foi compreendido assim.




Quais bandas você tem ouvido ultimamente?

    Paulo- Peguei bandas de metal que não tinha dado a devida atenção até então,  como o Gorod, Obscura, banda que o Fernando Palmieri (baixista/vocal) gosta muito mas eu ainda não tinha ouvido com calma, Psycroptic, entre outras, além de coisas que têm pouco a ver com o estilo como Tom Waits, que é algo constante para mim a bastante tempo. Tenho procurado ouvir bandas do Underground brasileiro, e estamos de fato passando por um momento muito produtivo, bandas muito competentes fazendo trabalhos poderosíssimos, com uma qualidade que não deve nada para as bandas gringas.

Quais são as principais inspirações para as composições das letras da banda?

   Paulo- Temos letras minhas e do Fernando nas nossas músicas, ele escreve letras mais incisivas, algumas baseadas em críticas sociais, contra qualquer tipo de opressão. O gatilho para despertar uma ideia é um livro, um filme, uma música, enfim, isso é muito variado.  Comigo acontece igual, os gatilhos são os mesmos, livros, filmes, etc, também gosto de abordar contra opressões em geral, mas coloco isso de maneira diferente, usando muito mais paralelos para possibilitar dupla, às vezes tripla interpretação. Então nada do que está sendo dito, pode ser lido ao pé da letra. Gosto de ocultismo, e acho que aparece um pouco , mas não na superfície. E a ideia é exatamente essa.

Muito obrigado pela entrevista, deixe suas considerações finais e um recado para aqueles que apóiam a banda e leitores do blog, deixe seus contatos.

   Paulo- Muito obrigado, Isaias, pela oportunidade de conversar com você e seus leitores, poder estar em contato com quem acompanha o desenvolvimento do Underground como vocês é sem dúvida um dos maiores benefícios de fazer o que fazemos. Apoiem as bandas, divulguem os trabalhos independentes e reúnam-se, só assim garantiremos o espaço tão importante para todos nós. Um grande abraço a todos os nossos amigos, às bandas com quem tivemos o prazer de dividir o palco, à cada um que como o Blog Questões e Argumentos dá espaço para quem faz música cheia de honestidade e faz as engrenagens continuarem rodando. Tem muita coisa boa e de qualidade acontecendo,e cada  um que se envolve,divulgando, comparecendo a eventos,  comprando material , como quer que seja,  é importante. O Underground não é feito só de bandas.
    Um abraço a todos,  nos vemos nos palcos!








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