sexta-feira, 19 de setembro de 2014

COMANDO NUCLEAR

Confiram a entrevista que fizemos com a banda Comando Nuclear, som old school em português, honesto até as ultimas consequências, confiram a entrevista que fizemos com o Rodrigo.


Saudações Rodrigo, muito obrigado por nos ceder essa entrevista ao nosso blog “Questões e Argumentos”, é uma honra entrevista-lo. Como está sendo o ano de 2014 para a banda Comando Nuclear? E quais os planos para o futuro?
Rodrigo: Opa, beleza? Valeu pela oportunidade, bacana poder conversar contigo! 2014 tem sido um ano relativamente tranqüilo, temos feito menos shows do que nos anos anteriores por uma série de prioridades nas agendas pessoais, mas mesmo assim tivemos a oportunidade de participar de excelentes eventos. Tocamos recentemente com o Picture e o Grim Reaper, duas de nossas maiores influências, além de dividir o palco com grandes amigos como Centúrias, Anthares, Breakout, Slippery e Tiger, além do Patrulha do Espaço. Pudemos também voltar à região norte do país, tocando em Belém e Ananindeua, no Pará. Para os próximos meses do ano temos programado nossa tradicional volta a Santa Catarina, onde tocamos todos os anos desde 2008, e também uma grande festa em Limeira, interior de SP. Temos realmente curtido bastante, e isso é o que sempre queremos.

Como tem sido a repercussão de ‘Guerreiros da Noite’ mundo afora?
Rodrigo: O álbum ‘Guerreiros da Noite’ foi muito bem aceito, sem dúvidas. Desde seu lançamento em 2011 recebemos opiniões e críticas muito boas, tanto que a primeira tiragem esgotou rapidamente e estamos providenciando seu relançamento com alguma faixa bônus. Provavelmente o lançaremos também em formato LP, estamos agilizando isso.

Vocês são de São Paulo-SP, como você vê a cena underground na sua região, quais bandas destacaria?
Rodrigo: São Paulo é um lugar intenso, em todos os sentidos. As segmentações são diversas e isso divide o público, mas vejo ótimas bandas tocando por aqui. Talvez a melhor coisa que esteja rolando seja o intercâmbio interestadual incessante entre as bandas, isso traz muita coisa boa a todos os envolvidos e torna mais cíclica a rotina de shows e a presença do público. Acho que antes de destacar alguma banda, realço mesmo essa interação e troca de cultura entre as bandas e a renovação do público, a molecada precisa fazer parte disso. Isso tem sido essencial, além do surgimento de novas bandas. Seria óbvio citar as bandas que já estão na cena há tempos, então recomendo o trabalho de novas bandas que estão fazendo a roda girar por aqui: Tiger, Shockbreaker, Metallic Crucifixion, Rider e Breakout, pra ficar nas que tenho curtido mais atualmente.

Comando Nuclear

A banda foi formada em 2004; como você vê esses 10 anos de banda? Quais foram os acontecimentos mais significativos?
Rodrigo: Em dez anos muita coisa acontece difícil citar fatos específicos. Talvez a saída do Filippe tenha sido algo que causou grande impacto, pois ele era o motor por trás das composições musicais, então naturalmente muita coisa muda a partir disso, assim como as saídas do Eric e Guilherme, nossos dois primeiros bateristas e grandes amigos da gente. Lançamos dois álbuns nesses dez anos, tivemos a oportunidade de tocar em todas as regiões do país, de Santa Catarina ao Acre, e fizemos amigos por onde passamos. Estamos nessa exatamente por isso, então talvez os lances mais significativos tenham sido exatamente as coisas que rolam nas viagens, as cervejadas, os amigos que fazemos na estrada e que permanecem conosco até hoje.

Quais são as inspirações para as composições das letras da banda?
Rodrigo: Vejo a música como uma fotografia do momento. Se estamos lendo coisas relacionadas a algum tema específico, ou acompanhando situações que estejam rolando e influenciando nossas vidas, certamente isso vai parar nas letras. Pode ser um livro, uma bebedeira ou um protesto contra a violência policial, tudo isso já virou letra para o Comando Nuclear e entendo que essa é uma forma espontânea de dizer algo. As novas letras que temos escrito refletem a forma como vemos as coisas no contexto atual, então essa influência do ambiente e a forma como vemos as coisas é de onde as letras surgem.

Quais são suas principais influências musicais?
Rodrigo: Influência para o Comando Nuclear certamente é tudo aquilo que ouvimos e que depois aparece de alguma forma, em nossos sons. Não condensamos tudo aquilo que ouvimos em nossas composições, é um campo muito vasto. Exploramos isso de maneira intencional, sabemos direcionar aquilo que cabe ou não na proposta da banda de maneira natural. Podemos dizer que é muita coisa de speed metal europeu e americano, NWOBHM, heavy metal 70s e por aí vai.

Quais bandas nacionais/internacionais você tem ouvido ultimamente?
Rodrigo: Cara, eu ouço muita coisa, e muita coisa diferente. Muita coisa mesmo, você provavelmente ficaria espantado. Atualmente tenho ouvido muito material dos anos 60 e 70 como Coven, Pentagram, Black Merda, Wicked Lady, Writing on the Wall, Black Widow e proto-70s e occult rock na linha de Kadavar, Jess and the Ancient Ones, Jex Thoth, Orchid, Blood Ceremony, Witchcraft, Uncle Acid and the Deadbeats, The Devil's Blood, Sabbath Assembly, Purson... Das novas bandas de metal tenho ouvido com mais freqüência In Solitude, Arkham Witch, Enforcer, SkullFist, Bullet, Velho, Axecuter, Whipstriker, Cemitério (projeto solo do nosso batera, Hugo Golon) e Fire Strike. Naturalmente rolam também as bandas de metal 70s e 80s que sempre curti e estou sempre ouvindo (estou ouvindo Manilla Road enquanto respondo essa entrevista). Na música pesada tem sido isso, basicamente.

Como tem sido a parceria de vocês com a “Face the Abyss Records”?
Rodrigo: Sempre tranqüila, o Gilson é um grande cara e foi ótimo lançar um álbum com ele. Hoje não trabalhamos mais juntos, estamos relançando nossos discos pela ‘Mutilation Records’ mas só temos coisas boas a respeito do trabalho que desenvolvemos com a ‘Face the Abyss’, inclusive anualmente tocamos em sua cidade, Guaramirim, e é sempre ótimo curtir com ele, grande parceiro.

Pra quando podemos esperar um novo material da banda?
Rodrigo: Difícil precisar um prazo, mas devemos lançar algo em 2015. Não sei se um disco inteiro, um EP ou um split, mas imagino que ano que vem tenha material inédito do Comando Nuclear com a formação atual, que ainda não gravou nada.

Quais são os próximos shows da banda? Deixe as datas para nossos leitores.
Rodrigo: Estamos fechando algo entre novembro e dezembro em Santa Catarina, e no final de novembro estaremos em um fest em Limeira com o Destruction, Onslaught, Artillery, Vulcano e Circle of Infinity. Provavelmente devemos ter mais alguma data até o final do ano, mas temos tocado com menos freqüência para conciliar uma série de outros projetos que tem rolado.

Onde é possível adquirir material de merchandising da banda? Cd’s, camisetas..etc?
Boa parte do merchan pode ser adquirido diretamente conosco, em shows ou através da internet, mas temos também os canais onde rolam as distribuições diretas. Vou deixar alguns links aqui para quem quiser adquirir:

CD ‘Batalhão Infernal’ em formato digipack com quatro bônus:

Camisetas ‘Guerreiros da Noite’:


Camiseta ‘Batalhão Infernal’:


O álbum “Guerreiros da Noite” está esgotado, mas já estamos providenciando seu relançamento numa versão especial através da Mutilation Records!

Quais festivais vocês mais gostaram de tocar até o momento? Quais bandas mais gostaram de dividir o palco?
Rodrigo: Todo show é bacana, não tem tempo ruim conosco nesse sentido. Gostamos de estar entre amigos, subir ao palco e tomar cerveja, então sempre nos divertimos. Naturalmente alguns ficam mais marcados pelos mais variados motivos, mas penso que sempre me divirto de alguma maneira, então gosto de todos. E olha que já foram muitos! Ano passado dei uma olhada em alguns flyers antigos e já passamos bem dos 100 shows, e lembro de pelo menos algo de cada um deles. Sobre dividir o palco, existem bandas com as quais temos mais amizade e afinidade e acaba sendo sempre uma grande festa quando tocamos porque já estamos sempre por aí bebendo juntos, como Selvageria, Em Ruínas, Flageladör, Blasthrash, Fire Strike, Amazarak, Farscape, Leatherfaces, Centúrias... Foi legal também ter tocado com algumas bandas que sempre foram referência para nós como Tankard, Possessed, Grim Reaper, Picture, Omen, Exciter e mais um monte de gente da velha guarda que fez parte da nossa formação musical.

Quais bandas influenciaram vocês a começarem a compor musicas em português?
Rodrigo: Basicamente as bandas que começaram tudo por aqui: Harppia, Stress, Centúrias, Vírus, Salário Mínimo, Azul Limão, Dorsal Atlântica, Anthares, O Peso, Taurus, Alta Tensão, A Chave do Sol, Ano Luz, Overdose, Ratos de Porão, Vulcano, Astaroth, Made in Brazil, Módulo 1000, Robertinho do Recife, Máscara de Ferro, as duas edições da SP Metal, a coletânea São Power... Essa galera toda, de épocas distintas, precedeu a gente e foi responsável por cantarmos em português.

Rodrigo, muito obrigado pela entrevista, deixe suas considerações finais e um recado para os fãs da banda e leitores do blog, deixe seus contatos.
Rodrigo: Valeu pelo espaço e pela oportunidade, e parabéns pelo blog! Agradeço o apoio de todos os que nos dão essa força, nos vemos na estrada ou no bar!




Twitter: @ComandoNuclear











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