Confiram a entrevista
que fiz com a banda Miasthenia, uma das melhores e mais tradicionais bandas de
black metal do Brasil, é impressionante a inteligência e originalidade de suas
temáticas e o nível de qualidade de suas musicas, uma das melhores bandas do
mundo no estilo deles, confiram a entrevista que fiz com Hécate
(vocalista/tecladista) da banda.
Saudações Hécate,
muito obrigado por nos ceder essa entrevista ao nosso blog “Questões e
Argumentos” é uma honra entrevista-lo, como está indo a produção do vídeo clipe
da musica “13 Ahau Katún”, pra quando podemos esperar
seu lançamento?
Hécate: Gravamos as cenas do videoclipe
com a banda no último fim de semana de agosto (2014), agora em setembro estamos
na fase de edição, então deve lançando em breve, ainda este mês. Este trabalho
também esta sendo editado por Caio Cortonesi. Em fevereiro deste ano eu e
Thormianak estivemos na península de Yucatã (México) visitando ruínas Mayas e
fazendo alguns vídeos que também serão incluídos neste trabalho.
Quais
são as expectativas de vocês para tocarem no Rio de Janeiro em novembro?
Hécate:
a expectativa é grande, o Rio de Janeiro sempre teve uma cena Metal muito forte
e isso nos atrai, será ótimo rever os amigos e com certeza será um grande
evento!
Como
tem sido a repercussão do álbum “Legados do Inframundo”, mundo a fora?
Hécate:
a repercussão tem sido boa, nada em exagero, dentro das possibilidades para uma
banda underground brasileira Este álbum tem recebido muitos elogios e atraído
mais apreciadores da banda no exterior, isso é ótimo. No Brasil, só no mês de
agosto realizamos vários shows, da turnê “Legados do Inframundo”, o que também
vem ajudando na divulgação da banda e do álbum.
Quais
são as principais inspirações atuais da banda para as composições das letras?
Hécate: A
mitologia e filosofia dos Mayas pré-colombianos nos serviram de inspiração para
compor as letras de “Legados do Inframundo”. Para isso foi preciso muita
leitura e estudos para entender o funcionamento do Xibalbá (inferno) na concepção
cosmogônica dos Mayas e o significado da morte. Trata-se de concepções
diferentes daquela do universo cristão, a morte e o Xibalbá fazem parte dos
ciclos da existência, do funcionamento do cosmos. Mas é preciso força,
sabedoria e coragem após a morte para percorrer o Xibalbá e renascer. Essa
viagem mítica, tem também um forte sentido psicológico em vida. Quem ainda não
passou por momentos infernais em sua vida, chegando ao fundo do poço e depois
conseguiu se reerguer com sabedoria?
Miasthenia
Quais
são suas principais influências musicais?
Hécate:
as influências vêm do gosto de cada um das integrantes da banda, então é algo
que varia muito, mas sempre dentro do Metal em suas diversas vertentes, indo do
Heavy Metal, passado pelo Doom, até o mais brutal Death Metal e depressivo
Black Metal. A intenção é fazer música com muita alma!
Quais
bandas nacionais/internacionais você mais tem ouvido ultimamente?
Hécate:
De fora tenho ouvido Septic Flesh, Watain, Grave Digger, Asphix e Kreator. Do
Brasil: Omfalos e Mythological Cold Towers.
Como
foi o processo de filmagem do vídeo clipe “Entronizados na Morte”?
Hécate:
O processo de filmagem foi trabalhoso e perigoso porque foi realizado dentro de
uma caverna. Tudo foi bem planejado com antecedência, e contamos com o apoio de
um guia local e seus equipamentos de iluminação e exploração de caverna.
Gravamos num local distante de qualquer estrutura, dentro do Parque e Estadual
de Terra Ronca (Goiás), um lugar ainda selvagem e pouquíssimo explorado. Para
chegar ao local percorremos mais de 40 quilômetros de
estrada de terra e depois tivemos que carregar os equipamentos à pé, no meio da
mata, para dentro da caverna Angélica. Escolhemos um dia e horário que não
haveria presença de turistas e deu tudo certo, o resultado foi recompensador e
a experiência de exploração da caverna incrível, realmente adentramos o
Xibalbá.
Hecate
Como
você analisa esses 20 anos de banda? quais os aspectos mais positivos na
carreira do Miasthenia até o momento em sua opinião?
Hécate:
nestes 20 anos de banda passamos por diversas fases, tivemos altos e baixos,
mas nunca desistimos, porque a nossa vontade, especialmente minha e de
Thormianak, é a de continuar compondo novos sons, o processo de criação é o que
nos move e satisfaz. Assim, o aspecto mais positivo dessa trajetória são os
álbuns gravados, as músicas que nos satisfazem e que ficarão para a
posteridade. A entrada de V. Digger contribuiu ainda mais, ele trouxe uma
energia poderosa que deu muito certo conosco, e esperamos manter isso. Não é
fácil manter uma banda, ainda mais depois de tantos anos, trabalhar sério e
investir tempo na produção não é pra qualquer um, realmente tem que ter paixão
e envolvimento, por isso resolvemos se manter como um trio.
Muito
obrigado pela entrevista, deixe suas considerações finais e um recado para os
fãs da banda e leitores do blog, deixe seus contatos.
Hécate: Nós agradecemos imensamente pelo interesse e apoio ao
Miasthenia, desejamos sucesso e vida longa ao seu Blog. O Miasthenia segue
fazendo shows pelo país, em novembro tocaremos no Rio de Janeiro e em Dezembro
em Natal (RN). Não deixem de conhecer o nosso álbum “Legados do Inframundo”.
Logo mais teremos um novo videoclipe no nosso canal no YouTube. Força e honra.
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Entrevista Patria
parabéns pelo trabalho
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