terça-feira, 9 de setembro de 2014

VULTOS VOCIFEROS

Confiram a entrevista que fiz com a horda Vultos Vociferos, uma das mais respeitadas hordas do cenário nacional, acompanho o trabalho deles a um bom tempo e sempre tive muita admiração e respeito por eles, confiram a entrevista que fiz com Baal!


Saudações Baal, muito obrigado por nos ceder essa entrevista ao nosso blog “Questões e Argumentos”, é uma honra entrevista-lo, como está sendo o ano de 2014 para a horda Vultos Vociferos?
Baal: Hail! Agradecemos a oportunidade de mostrar nosso trabalho por aqui. O ano de 2014 está muito intenso. Vamos fazer cerca de 10 a 15 shows nas regiões centro-oeste, sudeste e nordeste. Estamos satisfeitos com o reconhecimento do nosso trabalho e as amizades que temos feito ao longo destes 15 anos de banda.

Como você vê a cena atual do Black Metal em sua região? Quais hordas você destacaria?
Baal: Brasília sempre foi palco de inúmeras bandas, em todos os estilos. A cena que existia não existe mais. E isso não acontece só por aqui. Em todas as regiões em que passamos, vemos isto acontecendo. Muita treta dividindo os poucos que ainda resistem no metal e a nova geração só quer saber de ficar em casa baixando música. Não sei se é medo ou preguiça, o fato é que não vemos mais shows cheios ultimamente, a não ser que a banda seja gringa mais conhecida. Em shows underground, nunca se espera mais de 300 pessoas. Não sabemos onde andam o restante de tantos “adoradores do Black Metal”. O resultado disso? Ninguém quer organizar mais eventos extremos para não tomar prejuízo. Além de ter a banda, fazemos parte da organização de um evento aqui chamado “Evil Darkness”, que já está na sua quarta edição. Várias bandas de nome tocaram aqui, como Mystifier, Winter Moon, Nauseous Surgery, Eminent Shadow, Grave Desecrator, em outubro virá Escarnium....e pergunta qual destes shows não deu prejuízo. E isso é um fenômeno nacional, é difícil ver um show em que o organizador consiga pagar os gastos do evento.
            Contamos com alguns amigos guerreiros que ainda lutam ao nosso lado para conseguir fazer eventos deste tipo e conseguimos fazer alguns shows em vários Estados do país. Damos muito valor a estas pessoas que ainda lutam para manter acesa a chama do metal negro, tanto na organização como no comparecimento aos eventos.
            Não gosto de destacar bandas daqui porque sempre acabamos cometendo a injustiça de esquecer alguma...rs...

Quando podemos esperar um novo material da horda?
Baal: Estamos preparando material novo para ser lançado no primeiro semestre de 2015. Entre um show e outro, estamos compondo e vem pedreira por aí.

Vocês estão fazendo a Tour “Sob a face oculta de Baphomet” comemorando 15 anos da horda, deixe as datas próximas dessa turnê, e conte nos como ela está indo até o momento?
Baal: Neste ano, tocamos em Campo Grande, São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Goiânia. Os próximos shows serão em Teresina (12/12), São Luís (13/12), Natal (19/12), Campina Grande (20/12) e Recife (21/12). Estamos em negociação com outras datas, mas ainda não estão confirmadas.

Vultos Vociferos

Quais são as principais inspirações para as composições da banda?
Baal: Bom, nossas composições não seguem a mesma linha em todas as músicas. Temos várias influências, então acaba mesclando coisas do Darkthrone antigo, Mayhem, Beherit, Hellhammer, Celtic Frost e por aí vai...

Como você vê a atual cena underground no Brasil? O que você acha que melhorou? O que pode ser melhorado?
Baal: Como citei em uma das questões anteriores, não existe mais “cena”. A cena para nós são nossos amigos que curtem metal extremo e tomam cerveja conosco. Ninguém mais quer tirar a bunda de casa para ir a shows. Aqui temos o costume de viajar muito para ver shows em outros lugares e encontrar velhos amigos, não importando se é capital ou interior dos diversos Estados. Tive a oportunidade de conhecer a galera de Campo Grande, Cuiabá, Manaus, Porto Velho, Porto Alegre, Pelotas, São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Maria, Belo Horizonte, Goiânia, enfim....e são amizades que às vezes passamos um ano sem nos falar, mas quando nos encontramos é aquela farra, cervejada e isso é muito massa. As pessoas não sabem mais o que é isso. Só vão a shows se tocam do lado da sua casa, se tiver que pegar um ônibus, já não rola. Fui a um show em São Paulo há um tempo atrás, organizado pelo irmão Eduardo Beherit, onde tocaram só bandas fodas como Blasphemy, Revenge, Goatpenis, Bestymator. Teve cara de pau da região falando que não foi prestigiar o evento porque teria que pegar um ônibus de São Paulo para São Bernardo (cerca de 40-50 min). Porra! Tinha gente do centro-oeste, nordeste, de tudo que era lado do Brasil, com dificuldade pra juntar grana pra pagar passagens e ingresso, querendo ver o show e o cara mora do lado e ficou com preguiça de ir porque não era do lado da sua casa? Então tem certas coisas que não entendo mais...

Quais hordas nacionais/internacionais você tem ouvido ultimamente?
Baal: Bom, escuto muita coisa. Posso destacar algumas que sempre estou escutando, tais como Amen Corner, Mystifier, Mausoleum, Vobiscum Inferni, Incinerador, Patria (nacionais) e Darkened Nocturn Slaughtercult, Absu, Archgoat, Blasphereion, Beherit, Inquisition, Sadomator, Ungod (internacionais).

Baal

Quais são as principais influências musicais da horda?
Baal: É meio complicado falar em influências quando já se escuta metal há mais de 20 anos. Acho que tudo que já escutamos acaba influenciando de alguma forma. Não existiam muitos rótulos no metal antigamente (black, thrash, death, speed, grind...). Acho que tudo acrescentou de alguma forma.
            Não gosto destas coisas novas que tem aparecido. Sempre apreciei a simplicidade e peso. Parece que algumas bandas só tem se preocupado em tocar à velocidade da luz e mostrar técnicas de solos de guitarra. Sempre gostei de coisas do tipo Beherit, Blasphereion, Hellhammer, Celtic Frost, onde o sentimento das músicas estava acima de demonstração de técnicas musicais avançadas.

Quais foram as bandas que vocês mais gostaram de dividir o palco nos últimos anos, quais as cidades que vocês mais gostaram de tocar?
Baal: Pergunta complicada... rs...A grande parte das bandas que dividimos palcos são nossos amigos, assim como todas as cidades em que tocamos sempre foram muito receptivas. Prefiro não citar ninguém porque sempre vou acabar esquecendo alguém importante. Não temos nada a reclamar de nenhuma cidade ou banda que dividimos palco.

Baal, muito obrigado por nos ceder essa entrevista, deixe suas considerações finais, e um recado para os fãs da banda e os leitores do blog, deixe seus contatos.
Baal: Agradeço a oportunidade de divulgar o nosso trabalho. A todos os leitores: mantenham a cultura underground acesa, prestigiem os shows de bandas reais e não se influenciem por modismos de internet e mídia escrota. Quem se interessar em agendar shows, adquirir CDs e camisetas, podem entrar em contato pelo email: vultosvociferos@gmail.com ou com a Misanthropic Records em http://www.misanthropic.com.br. 666!!!









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