O Underground extremo baiano sempre teve suas características especiais, as bandas de lá geralmente criam uma atmosfera, uma identidade pra sua musica, algo as vezes até dificil de explicar, dando continuidade ao legado de bandas clássicas como o Headhunter D.C e o Mystifier, o Keter, vem lançando um material que faz jus ao seu nome "Guerra contra tudo e contra todos", confira a entrevista abaixo.
Saudações, muito obrigado por nos ceder essa entrevista
ao nosso blog “Questões e Argumentos”, é uma honra entrevista-los, como está
sendo o ano de 2016 para a banda Keter e quais são os planos para o futuro?
George Lessa: Saudações! Em primeiro lugar gostaria
de agradecer o espaço cedido pelo “Questões e Argumentos” e parabenizá-lo pela
iniciativa. 2016 para nós do Keter está sendo um ano de muito trabalho.
Finalizamos a gravação do nosso novo material, que é um EP, intitulado “Terror
Noturno”, material esse que é temático e aborda os transtornos da mente humana.
No momento buscamos parcerias para o lançamento desse trabalho, que é o
primeiro registro com a formação atual da banda e representa o que fazemos nos
palcos atualmente. Com esse novo material em mãos, pretendemos buscar datas
fora da nossa cidade e divulgar nosso trabalho em locais que ainda não nos
apresentamos.
Bawdy: Com a divulgação do nosso primeiro
full,conseguimos fortalecer nosso nome na cena local e em todo o estado, o
próximo passo é voltar a espalhar o kaos
em outros estados e mostrar ao vivo a fúria do nosso deathrash...
Como está sendo a repercussão
de “Guerra conta tudo e contra todos” mundo afora?
George Lessa: Acredito que esse debut album foi muito
bem aceito por todos que tiveram acesso ao mesmo. Conseguimos distribuir bem o
material, hoje temos poucas cópias restantes e sabemos que os selos envolvidos
no lançamento conseguiram dar saída ao material, o que nos deixou bastante
satisfeitos e fortaleceu a aliança para lançamentos futuros. O “Guerra Contra
Tudo e Contra Todos” obteve reviews em webzines e zines impressos, inclusive no
fudido “Voices from the Darkside – (Alemanha)”.
Bawdy: O material foi lançado de forma totalmente
independente, através da parceria com os selos ( Caçadores das Trevas, Retch
Records, Music in Veins – Atual Evil Hammer, Headcrusher Produções e Odicelaf
Zine) aqui da bahia, a divulgação se deu pelos meios do underground e
recentemente houveram algumas encomendas do velho continente, então é possível que
em breve surjam mais reviews.
Qual a atual formação da banda?
George Lessa: Atualmente a banda conta com:
Bawdy – Vocal (Keter)
George Lessa – Guitarra (Keter / Headhunter D.C.)
Stanley Serravalle – Baixo (Keter / Infected Cells)
Márcio Firestorm – Bateria (Keter / Devouring / Infected
Cells / Rotten Cadaveric Execration / Splattered Genocide)
Como foi para a banda tocar no “Metal Union Bahia” ?
George Lessa: Foi uma satisfação dividir palco
novamente com nossos irmãos do Behavior, irmandade que já vem de longas datas,
que vai além das bandas, são nossos amigos a uma década pelo menos. Já havia
alguns anos que não dividiamos palco.
Bawdy: Nesse show foi a primeira vez que tocamos ao
vivo todas as músicas gravadas para o EP “Terror Noturno” e o show foi KAOTICO.
Como foi para a banda participar do tributo ao Headhunter
D.C ?
George Lessa: Poder fazer parte desse projeto foi uma
grande responsabilidade. Homenagear uma entidade do death metal mundial como o
Headhunter D.C., ao lado de grandes bandas, em suma.....Foi FUDIDO! Sou
guitarrista do Headhunter D.C. também, fiz questão de fazer uma versão aos
moldes do som do Keter, não simplesmeste regravar a música. Quem ouvir a nossa
versão futuramente e conhecer nosso som vai entender o que estou falando.
Bawdy: Uma das coisas que mais me orgulho no Keter é
a nossa identidade musical, total criação de george, então nossa intenção não
era gravar apenas um cover do Headhunter D.C. e sim gravar uma homenagem nossa
a esses pioneiros do death metal baiano e brasileiro. LONG LIVE HEADHUNTER
DEATH CULT.
Quando serão os próximos shows da banda? deixe as datas
para nossos leitores.
George Lessa: Nossa próxima apresentação será no dia
09/07 na Concha Acústica de Lauro de Freitas/BA. O evento vai contar também com
a participação do Headhunter D.C., Mystifier, Cemitério, The Crypt e Blessed in
Fire.
Quais são suas principais influencias musicais?
George Lessa: Ouço do Heavy Metal tradicional ao
Death Metal, mas não nego que a maior parte do meu acervo pessoal é composto
por material de Death Metal. Não sou nenhum bitolado, é apenas uma questão de
preferência.
Bawdy: O principal significado de Keter seria
potencial de criação, então acho q ninguem da banda fica preso a ouvir apenas
um tipo de metal. Ouço Heavy Metal tradicional, Rock n Roll, Splatter, e
etc...mas o Death Metal e o Thrash Metal são presença constante na playlist,
principalmente Slayer (old), Sepultura (old), Cader, At the Gates, Cannibal
Corpse... a lista é grande
Quais são as principais inspirações para as composições
das letras da banda?
George Lessa: Violência, vingança, tortura, ceticismo
e patologias mentais.
Bawdy: A principal inspiração é
o próprio mundo podre e corrompido no qual vivemos, repleto de degenerados.
Sempre com uma atitude iconoclasta e contra as religiões que lobotomizam os
fracos. Nesse novo material cada música trata de um transtorno psíquico,
transtornos graves e devastadores que levam pessoas ao suicídio.
Quais bandas vocês tem ouvido ultimamente?
George Lessa: Death Courier, Cruciamentum, Nominon,
Gruesome, Enforcer, Krypts, Ad. Baculum, Cemitério, Grave Desecrator, Facada
entre outros trabalhos. Citei algumas das bandas que mais tenho ouvido
ultimamente, sem utilizar critérios de ser nova ou antiga.
Onde é possível adquirir o material de merchandise da
banda, cd’s, camisetas, etc?
George Lessa: Diretamente com os membros do Keter ou
através do perfil da banda no Facebook.
Muito obrigado pela entrevista, deixe suas considerações
finais e um recado para aqueles que apóiam a banda e leitores do blog, deixe
seus contatos.
George Lessa: Agradeço o precioso suporte! Obrigado a
todos que apoiam o Keter diretamente ou indiretamente, a todos os leitores do
blog e a todos que fomentam a cena, seja gravando com banda, produzindo shows,
zines, webzines, blogs, adquirindo material das bandas...Enfim, a todos aqueles
que realmente fazem o lance girar.
Bawdy: Primeiramente,
obrigado pelo convite, é sempre bom trocar ideia sobre nossa difícil batalha,
que é ser uma banda totalmente underground e independente na cena atual.
Gostaria sim de deixar um recado: Bangers saiam do facebook e vão aos shows.
Uma cena forte e construida com os bangers nos shows, bebendo, batendo cabeça e
se jogando no moshpit. Curtir e compartilhar nas redes sociais ajuda, mas vai
se tornar irrelevante se os shows começarem a esvaziar ainda mais.
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