Saudações Marcelo Barbosa, muito obrigado por nos ceder essa
entrevista, é uma honra entrevista-lo, como está sendo o ano de 2014 pra você e
quais os planos para o futuro?
Marcelo: A honra é minha.
2014 tem sido um ano especial. Fizemos a parte nacional da tour de divulgação
do Unfold – último álbum do Almah - com mais de 20 shows pelo Brasil e alguns
que ainda vão acontecer. Paralelamente a isso iniciei a produção do meu CD solo
que sairá no início de 2015. Acabo de lançar o single deste trabalho com um clipe
e ele atingiu 10 mil views no Youtube em menos de duas semanas, o que é um
excelente resultado. Estou ansioso com este projeto.
Como está sendo a recepção de Unfold mundo afora?
Marcelo: O Unfold tem sido
muito bem recebido. Pela primeira vez fizemos uma extensa tour européia em
2013, passando por 7 países e 14 cidades. O Cd também foi lançado no Japão e
EUA e está sendo vendido pelo ITunes o que dá acesso a qualquer país de compra.
Você é responsável pelo Instituto GTR, fale um pouco sobre a escola e
sobre os métodos de ensino.
Marcelo: O GTR tem 18 anos de
tradição e conta hoje com três unidades, duas delas em Brasília e uma em Florianópolis. A
metodologia é exclusiva e eu sou o responsável pelo desenvolvimento da parte de
guitarra. Tenho muito orgulho do trabalho que desenvolvemos na escola assim
como de seus frutos. Hoje já formamos algumas gerações de músicos e em
Brasília, onde o GTR começou, é bem difícil ir a um show e não ver no palco ao
menos um músico que estudou com a gente. Isso me enche de orgulho.
Como está sendo a recepção do seu publico da série “Guitarosofia”?
Marcelo: Esta é na verdade a
segunda temporada deste projeto. A primeira foi lançada entre 2010 e 2011 e
conta com 15 episódios. Durante este hiato eu sempre fui cobrado pelos fãs de
lançar novos vídeos desta série e creio que chegou o momento. Acabamos de
lançar o terceiro episódio e só tenho recebido bons feedbacks. É uma
oportunidade de contribuir para a formação e desenvolvimento da guitarra no
Brasil. Nem todo mundo tem acesso a aulas com professores experientes e deixo
ali, gratuitamente, um pouco do que ensino em sala de aula.
Existe alguma possibilidade de você lançar algum material inédito da
banda Khalice?
Marcelo: Sim, existe. O
Khallice foi a primeira banda com a qual registrei algo em CD. Gravei este
registro parcialmente financiado por um dinheiro que minha avó deixou para mim
quando morreu. Não era muito, mas pagou mais ou menos a metade da gravação. Era
caro gravar naquela época antes de todos terem home studio. Fizemos muitas
coisas bacanas com o Khallice, dentre elas lançamos nosso trabalho nos EUA,
tocamos com Dream Theater, Symphony X, Iron Maiden, Guns`n Roses dentre outros.
Tenho falado bastante disso com o meu parceiro e vocalista da banda Alirio
Netto. Creio que ano que vem começaremos a trabalhar. Preciso lançar meu álbum
solo antes.
Quais bandas nacionais/internacionais você tem ouvido ultimamente?
Marcelo: Foo Fighters,
Symphony X, Age of Artemis, Martin Miller, Xerath dentre outros...
Quais são suas principais influências musicais?
Marcelo: Dream Theater,
Deep Purple, Rush, Beatles, dentre os guitarristas Steve Vai, Richie Kotzen,
Greg Howe... Essas são apenas algumas.
Quais conselhos você daria aqueles que querem seguir uma carreira
semelhante a sua no mundo da guitarra?
Marcelo: Trabalhe duro,
estude sempre, seja sério e confiável. Não se prenda a um único estilo musical.
Procure um bom professor e acredite em seu sonho. Nem todos os sonhos se
realizam, mas tudo que se realiza um dia foi imaginado ou sonhado por alguém.
Você começou a dar aulas de guitarra muito jovem, desde adolescência
você sabia que seria professor, sempre foi uma grande paixão sua?
Marcelo: Sim. Amo ensinar e
ajudar as pessoas a atingirem seus objetivos. Sou uma pessoa metódica e
cartesiana então acho que isso ajuda na parte didática. Sendo 100% sincero,
comecei a ensinar música muito cedo mais por uma necessidade do que por uma
paixão. Descobri a paixão no decorrer do caminho. Eu sabia que queria viver de
música e a situação mais palpável, mais plausível era ser um bom e requisitado
professor de música. Com base nisso desenvolvi uma metodologia própria que até
hoje é usada nas unidades GTRs e algumas outras escolas. Até hoje dou aulas e
não pretendo parar nunca.
Quais marcas te apóiam/patrocinam atualmente?
Marcelo: Orange
Amplificadores, Elixir Strings, NIG Pedals, Cabos Santo Angelo, Providence,
Fire e IBox.
Quais são seus próximos shows/workshops deixe as datas para nossos
leitores.
Marcelo: Todos os sábados,
fixo há 10 anos com uma banda de pop/rock chamada Zero10. É uma balada famosa e
sempre enche aqui em
Brasília. O Almah está agendando novas datas, mas ainda não
confirmadas. Dia 7 de novembro participarei de mais um evento Guitarras do
Brasil, aqui em Brasília que contará com a presença de Pepeu Gomes, Kiko
Loureiro, Toninho Horta, Andreass Kisser, Frank Solari dentre outros.
Como foi ter tocado alguns shows com o Angra, substituindo Kiko
Loureiro?
Marcelo: Foi muito bacana. À
época eu tocava com o Felipe e o Edu no Almah e sempre fui amigo do Kiko.
Quando ele precisou de alguém para substituí-lo nessa perna da tour fui o
primeiro nome que surgiu. O interessante é que ele pediu que eu fizesse a tour
européia também mas acabou não acontecendo, felizmente, ele pôde fazer essa
parte. O Angra é uma referencia do metal no Brasil e no mundo e o Kikão um
grande nome da guitarra. Foi uma honra fazer esse trabalho.
Qual foi a recepção do álbum The Journey da banda Khalice na época de
seu lançamento?
Marcelo: A melhor possível.
Ficamos muito impressionados como tão rápido as coisas foram acontecendo.
Tocamos em grandes festivais de música pelo Brasil ao lado de grandes nomes,
todos os reviews foram extremamente positivos e nossos shows estavam sempre
lotados. Guardo essa fase de minha carreira com muito carinho dentro de mim e
acredito que ela tenha sido a base que deu início a tudo que veio depois.
Quais revistas de guitarra você colabora atualmente?
Marcelo: No momento não tenho
colaborado com nenhuma revista especializada. Já o fiz no passado pela Guitar
Class e Cover Guitarra por anos a fio. No momento estou focado no Guitarosofia.
Fale um pouco sobre o CONAGUI – Congresso Nacional de guitarristas.
Marcelo: O CONAGUI é uma
iniciativa maravilhosa que tive o privilégio de ter sido convidado a fazer
parte. Trata-se do primeiro congresso nacional de guitarristas e conta, se não
me engano dom 45 palestrante e eu, obviamente, serei um deles. Uma excelente
oportunidade para quem deseja aprender algo novo do mundo da guitarra. São
muitos estilos e abordagens diferentes. Vale super a pena conferir.
Como foi sua adaptação a guitarra de 7 cordas? Quais modelos de 7
cordas você usa atualmente?
Marcelo: Eu já possuía
guitarras de sete cordas desde a época do Khallice então não tive problemas de
adaptação no Almah. Tenho uma Ibanez Universe, modelo Steve Vai, uma Suhr
Modern e uma Music Man modelo John Petrucci, todas guitarras maravilhosas.
O que você anda estudando/pesquisando atualmente em termos de
musica...etc? tem algumas dicas para dar para os leitores que tocam guitarra?
Marcelo: Tenho estudado
bastante improvisação sobre mudanças de acordes atípicas (pelo menos no rock) e
frases fusion outside. Mas grande parte do tempo tenho dedicado à composição de
meu álbum solo.
Como funciona sua rotina atual de estudos?
Marcelo: Hoje em dia não
tenho exatamente uma rotina de estudos fixa. Faço muitas coisas dentre elas
dirigir o GTR, dar aulas, ensaiar com bandas, shows, gravar vídeos e
infelizmente nem sempre consigo estudar. Tento tocar todos os dias ao menos uma
hora. Quando consigo duas fico feliz, mais que isso é lucro máximo rs...
Quais guitarristas que você tem ouvido ultimamente?
Marcelo: Martin Miller,
Daniele Gottardo e Oz Noy.
Como foi ter tocado com Funk-u
que tocam versões inusitadas de hits com uma abordagem Fusion?
Marcelo: Eu me considero um
guitarrista versátil e adoro quando pinta uma oportunidade de me testar quanto
a isso. O Izaltino, responsável pelas versão, é um tecladista e compositor
muito talentoso e fui indicado pelo batera Mauricio Barbosa que gravou também
essa versão e já foi meu parceiro de banda no Khallice. Achei interessante que
o Izaltino tinha me dito que já tinha tentado uns quatro guitarristas e não tinham
topado devido à complexidade do arranjo. Ele estava temeroso, achando que eu
também não o faria até pelo meu volume de trabalho que possuo. Como adoro um
desafio resolvi fazer. Eu adorei o resultado e o vídeo é um sucesso.
Marcelo, muito obrigado pela entrevista, deixe suas considerações
finais e um recado para seus fãs e leitores do blog, deixe seus contatos.
Marcelo: Disponha. Sempre bom
ter a oportunidade de dividir um pouco dos meus pensamentos e história com o
público. Agradeço o interesse. Abraços a todos!
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